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quinta-feira, 29 de abril de 2010

Você quer mesmo mudar?


Um das principais etapas em qualquer processo de mudança é o reconhecimento da própria responsabilidade ao que acontece. Isto não quer dizer que se deva culpar o cliente por seu sofrimento, mas demonstrar sua participação e o modo como ele pode se responsabilizar por sua vida e seus acontecimentos é fundamental. Neste sentido há sempre uma relutância em mudar: aceitar que a mudança deve partir de si-próprio e não do mundo a sua volta. Alterando seu modo de agir a pessoa produzirá inevitavelmente mudanças em seu ambiente e vice-versa alimentando um círculo de mudanças que se retroalimentam. Uma outra etapa deste processo consiste em compreender e esclarecer os ganhos que a pessoa obtém em viver uma situação desgastante e de sofrimento. Muitas vezes estes ganhos não são conscientes: são ganhos psicológicos, existenciais. Por exemplo a pessoa pode sujeitar-se a uma situação constante de violência conjugal para evitar o medo e a sensação de impotência que surgem ao se lançar ao mundo sozinha. E desta forma milhares de pessoas podem escolher o descanso proporcionado pelos problemas cotidianos e podem inclusive escolher viver um inferno de vida. Quando o sofrimento traz mais prejuízos do que ganhos é hora de mudar e, se preciso for, pedir ajuda especializada.


Gabriela P. Daltro
Psicóloga CRP 06/86668
gabipdaltro@hotmail.com

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