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terça-feira, 29 de novembro de 2011

A crise da meia-idade

Todos passamos por fases críticas de transformação no decorrer da vida. As mais conhecidas são a infância, a adolescência e a vida adulta. Contudo, existem momentos críticos e fundamentais também no decorrer da vida adulta tal como o envelhecimento e a chamada crise da meia-idade. A crise da meia-idade é um modo de se referir a um período de transição entre a vida adulta e a perspectiva de envelhecimento. É em geral um momento marcado pela autonomia dos filhos, a mudança na configuração do casamento (mudanças na dinâmica do relacionamento bem como separação), a percepção do envelhecimento do corpo e também a percepção, mesmo sutil, da responsabilidade pelo resultado das escolhas realizadas nos anos anteriores. Todos estes fatores levam homens e mulheres a experimentar angústia e, muitas vezes, arrependimentos por decisões tomadas anteriormente. Há também uma reavaliação dos relacionamentos com pais, cônjuge e filhos e muitas vezes a necessidade também de mudar a vida profissional. A crise da meia-idade é, apesar de todos os estereótipos, um momento de mudança e uma preparação para a outra metade da vida só que de modo muito diferente da adolescência, pois deve envolver a consciência e o conhecimento adquiridos ao longo da experiência de vida. Procurar ajuda especializada neste momento pode ajudar a avaliar prioridades e a definir com mais clareza as próximas escolhas.


Gabriela P. Daltro
Psicóloga CRP 06/86668
gabipdaltro@hotmail.com

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

QUANDO PROCURAR TERAPIA SEXUAL?

A terapia sexual é indicada quando a queixa principal ou sintoma se dá na área sexual. Entre estas queixas são comuns as disfunções sexuais tais como ejaculação precoce, disfunção erétil, falta de desejo sexual, dispareunia (dor à relação sexual) e dificuldades na fase do orgasmo. Entre problemas sexuais que podem motivar a busca por tratamento específico estão a discordância sobre frequência sexual, sobre o tipo de atividade sexual, dificuldades com a qualidade da vida sexual, conflitos de identidade ou orientação sexual, dificuldades em manter ou iniciar relacionamentos, entre outros. A terapia sexual é indicada para cerca de 70% das queixas e muitas vezes o tratamento medicamentoso também é indicado. Quando se tratam de queixas sexuais a procura por profissional especializado na área é fundamental, uma vez que elas apresentam uma interface contínua com outras áreas como ginecologia, urologia e psiquiatria e apresenta demandas específicas de tratamento. Durante a terapia outros temas podem ser levantados de acordo com sua relevância para o processo. A duração do tratamento depende do problema apresentado, da colaboração do parceiro, da disponibilidade e flexibilidade do indivíduo. Buscar a saúde integral em todas as áreas da vida é fundamental para um sentimento de realização e satisfação.

Gabriela P. Daltro
Psicóloga CRP 06/86668

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Psicoterapia versus Amizade
Uma questão que sempre chega aos psicólogos, seja em seus consultórios ou na vida cotidiana, é a freqüente pergunta sobre a diferença entre uma boa amizade e a psicoterapia. Embora exista certo grau de similaridade nestas relações, elas são muito diferentes entre si. Em primeiro lugar, o psicólogo se vale de princípios científicos e comprovados da Psicologia para direcionar sua atuação e compreender os fenômenos trazidos pelo cliente. A amizade entre terapeuta e cliente é uma pré-condição para a terapia mas não é, entretanto, suficiente. A psicoterapia não substitui a vida: é antes um ensaio geral para a vida. A relação estabelecida entre terapeuta e cliente serve como modelo e exemplo do modo como o cliente estabelece seus relacionamentos com os outros e com o mundo. As mudanças obtidas na terapia precisam, além disso, ser generalizadas para outros relacionamentos e ambientes da vida do cliente. Sobretudo, embora a psicoterapia exija um relacionamento íntimo , o relacionamento não é um fim: é um meio para um fim.

Gabriela P. Daltro
Psicóloga CRP 06/86668
gabipdaltro@hotmail.com

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Crianças: dá para acabar com os chiliques?

Muitos pais chegam ao consultório angustiados com os chiliques dos filhos e desesperados por ajuda. O sentimento de irritação e impotência frente á situação costuma acometer a maioria dos pais. Mas afinal, como resolver este tipo de situação? Em primeiro lugar é preciso compreender que o chilique nada mais é do que uma crise que pode se manifestar de muitas formas: a criança se joga no chão e grita, fica duro ou mole no chão ou rodopiando, bete a própria cabeça na parede, avança nos pais batendo, mordendo e gritando, chora muito alto, sem parar, até quase perder o fôlego e outras variações criativas. Esta crise se dá porque a criança ainda não controla seus sentimentos e não consegue dominar ainda especialmente os sentimentos negativos como raiva e inveja. O objetivo d e qualquer controle é ensinar a criança a tomar consciência destes estados e a lidar construtivamente com eles. Em primeiro lugar os pais não devem jamais ceder e fazer o que a criança quer frente a um chilique, pois ela aprenderá que desta forma consegue o que quer. Falar com a voz pausada, calma e firme, sem perder o controle é fundamental. Avisar uma vez apenas de que o chilique não adiantará e depois se afastar (ou afastar móveis no caso de crianças menores). Mais importante de tudo: não faça nada, simplesmente ignore o comportamento, seja ficando de costas, se afastando ou vigiando de longe sem que a criança perceba. Após a crise, chame seu filho para conversar sobre os sentimentos e o ocorrido e incentive-o a desculpar-se. Estes são os primeiros passos no manejo de uma crise. E, quando se trata de disciplina, a regra é repetir sempre, pois somente com a repetição ocorre a educação! Se sentir necessidade procure um psicólogo para orientá-lo e ajudá-lo neste processo.


Gabriela P. Daltro
Psicóloga CRP 06/86668