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quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Estresse pré-temporada: será que você tem?

O estresse é uma resposta do organismo a uma situação que solicita do indivíduo mais do que ele está preparado para lidar. Em geral é um quadro cumulativo, no sentido de que pode ter múltiplas origens na vida da pessoa e ser resultado de exposição a situações geradoras de ansiedade por um longo período de tempo. Durante estes anos de atuação em Ubatuba, tenho observado que muitas pessoas, principalmente que trabalham em dependência direta da temporada de verão, apresentam uma mudança de comportamento semelhante nos meses que a antecedem. A preparação para a mudança de ritmo de trabalho, bem como o medo e ansiedade geradas por estas situação, levam a pessoa a apresentar sintomas de um quadro de estresse tais como insônia, irritabilidade sem causa aparente, sensação de tristeza ou choro constante, doenças oportunistas como gripes e resfriados, desânimo, ansiedade generalizada, entre outros. Muitas vezes a pessoa não se dá conta de que o corpo e a mente estão se preparando para enfrentar momentos de alta exigência e acabam por não trabalhar estas questões. A resposta individual à mudança de ritmo sazonal da cidade varia de acordo com o tipo de trabalho e também com as experiências anteriores já vividas nesta época do ano. Reconhecer que não apenas seu trabalho (comércio, serviços, saúde, etc) deve ser preparado para esta mudança, mas que seu organismo como um todo também a reconhece é o primeiro passo para diminuir o estresse e preparar-se adequadamente para as mudanças que virão. Junto a um acompanhamento terapêutico apropriado estas questões e dificuldades podem ser trabalhadas em profundidade e soluções podem ser melhor adaptadas para este período.

Gabriela Pavani Daltro
Psicóloga CRP 06/986668
gabipdaltro@hotmail.com

terça-feira, 30 de novembro de 2010

Estresse Ocupacional: dificuldades no trabalho

O estresse ocupacional é um quadro de esgotamento físico e psicológico que tem por origem a situação do individuo no trabalho. Quando as situações demandam mais do que os recursos internos que a pessoa tem disponível o quadro de estresse se instala. Em geral ele é caracterizado por alterações de humor e dores físicas que costumam resultar no afastamento temporário ou até definitivo do individuo. A sensação de estar isolado em seus problemas e de desamparo frente ás pessoas e órgãos de suporte no trabalho tendem a agravar o quadro. Nestes casos é necessário que a pessoa procure ajuda psicológica que vai auxiliá-la no enfrentamento de sua situação e ajudá-la a resgatar a auto-estima perdida. Compreender os fatores estressores tais como violência, relações entre a equipe, dificuldades técnicas, conflitos com superiores é fundamental para contextualizar o problema e permitir que a pessoa elabore conscientemente suas questões. Afinal, quando a boca cala, o corpo fala (A. Barreto)


Gabriela P. Daltro
Psicóloga CRP 06]86668
gabipdaltro@hotmail.com
Brincar é coisa séria

Atualmente muitos pais reconhecem a importância das brincadeiras na vida das crianças, mas ainda falta uma compreensão mais profunda quanto ao papel que o brincar na infância desempenha para o desenvolvimento motor, psicológico e, também, escolar. Todo aprendizado começa pelo corpo: é através da experimentação das sensações do corpo que a criança conhece e explora o mundo a sua volta. As primeiras noções de ritmo, lateralidade, peso, altura, posição dos corpos são dadas pelo brincar do corpo e sua movimentação pelo espaço. Some-se a isso as fantasias envolvidas no brincar que serão importantes para o desenvolvimento da capacidade de abstrair, ou seja, realizar cálculos e interpretar textos. Ainda mais a criança aprende ao brincar: ao se exercitar com outras crianças experimenta regras sociais, experimenta o próprio corpo em interação e as noções matemáticas de grupo e diferença. Portanto, quando dizemos que brincar é fundamental estamos de fato dizendo que sem ações motoras não pode haver pensamento e, logo, muitos problemas de aprendizagem ocorrem conjuntamente com uma deficiência na coordenação motora das crianças. Conclusão: o ritmo e a pressão do mundo moderno podem alterar a qualidade e a intensidade da atenção, bem como dificuldades ou impedimentos motores podem agravar dificuldades de aprendizagem. Proporcionar um ambiente rico em possibilidades de brincadeira é fundamental para o bom desenvolvimento cognitivo, emocional e psicológico das crianças.


Gabriela P. Daltro
Psicóloga CRP 06/86668

 
O que é Bullying?

O bullying é um conjunto de atos de violência física e psicológica contra alguém em desvantagem de poder e que traz consequências para vítimas, agressores e testemunhas e que tem tomado relevância nas discussões sobre violência escolar em todo o mundo. Na realidade, o bullying pode ocorrer não somente na escola com crianças e jovens, mas em qualquer grupo de pessoas: na família, entre irmãos; no trabalho, entre subordinados e chefes; nas redes sociais através da fofoca e boatos e caracteriza-se por ser uma violência ou assédio realizados de maneira recorrente e intencional. Muitas vezes o bullying é praticado na forma de agressão verbal e física e como uma maneira de produzir o isolamento das ‘vítimas’. Este tipo de violência pode gerar consequências desastrosas para os envolvidos – isolamento, depressão, faltas injustificadas, pânico e consequências físicas como baixa imunidade fisiológica, tonturas, dores de cabeça, vômitos e enjôos. Um programa de prevenção amplo e que envolva temas como valorização do respeito, inserção dos alunos isolados na comunidade, trabalho e superação dos estigmas e identidade social são algumas das maneiras pelas quais o assunto pode ser abordado em casa e nas escolas. É preciso estar atento para os sinais que tanto vítimas quanto agressores demonstram, para que medidas corretivas possam ser tomadas pelos pais, escola e psicólogo em conjunto.


Gabriela P. Daltro
Psicóloga CRP 06/86668
gabipdaltro@hotmail.com





quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Educar pais para educar filhos

Educar e estabelecer limites para os filhos nem sempre é tarefa fácil: muitos pais precisam lidar com suas próprias dificuldades e sentimentos antes de estabelecer uma rotina satisfatória. Quando a criança está em terapia é importante que os pais participem e façam acompanhamento periódico, pois eles são parte do ambiente da criança e influem diretamente sobre seu comportamento. Um dos focos no trabalho com os pais é ajudá-los a administrar seus sentimentos de maneira lógica ao criar seus filhos, identificando modelos, resistências e oferecendo também técnicas que possam ser aplicadas a situações específicas. Neste sentido, o primeiro passo na educação de pais consiste em ajudá-los a estabelecer conseqüências para os comportamentos dos filhos antes que os problemas surjam e ajudá-los a aplicar o que foi estabelecido. Para tanto é preciso que os pais coloquem seus sentimentos em suspensão por um período e estejam dispostos a aplicar a consequência predeterminada de modo que ela traga aprendizado tanto para os filhos quanto para os pais. Outro ponto a ser considerado é compreender a mensagem positiva que os filhos possam estar enviando com um determinado comportamento; por exemplo ele está tentando lhe dizer “eu preciso me sentir independente”, “eu preciso me sentir forte” ou “eu preciso conhecer os limites de suas regras”? Auxiliar pais na educação é mais do que prescrever atitudes: é ajudá-los a compreender os filhos de modo profundo e, sobretudo, aceitar seu papel de forma consciente e mais satisfatória.

Gabriela P. Daltro
Psicóloga CRP 06/86668

 
 
Psicoterapia versus Amizade

Uma questão que sempre chega aos psicólogos, seja em seus consultórios ou na vida cotidiana, é a freqüente pergunta sobre a diferença entre uma boa amizade e a psicoterapia. Embora exista certo grau de similaridade nestas relações, elas são muito diferentes entre si. Em primeiro lugar, o psicólogo se vale de princípios científicos e comprovados da Psicologia para direcionar sua atuação e compreender os fenômenos trazidos pelo cliente. A amizade entre terapeuta e cliente é uma pré-condição para a terapia mas não é, entretanto, suficiente. A psicoterapia não substitui a vida: é antes um ensaio geral para a vida. A relação estabelecida entre terapeuta e cliente serve como modelo e exemplo do modo como o cliente estabelece seus relacionamentos com os outros e com o mundo. As mudanças obtidas na terapia precisam, além disso, ser generalizadas para outros relacionamentos e ambientes da vida do cliente. Sobretudo, embora a psicoterapia exija um relacionamento íntimo , o relacionamento não é um fim: é um meio para um fim.

Gabriela P. Daltro
Psicóloga CRP 06/86668

 
 
Conhecendo a ‘ansiedade’

A palavra ‘ansiedade’ deriva do latim angere, que significa opressão, constrição. Embora a ansiedade seja utilizada muitas vezes como sinônimo de estresse, este é melhor compreendido como uma sintoma desse fenômeno mais complexo. A ansiedade pode apresentar-se como sintomas psicológicos tais como agitação, preocupação e vontade de chorar e físicos tais como palpitações, náuseas, transpiração excessiva, entre outros. Uma característica sempre presente na ansiedade é a sensação de estar de fato oprimido pela impossibilidade de certeza sobre o futuro: desta forma o futuro é sempre uma ameaça de destruição do indivíduo, que precisa estar sempre alerta para o inesperado (e este inesperado é geralmente visto de forma negativa, com pessimismo). Existem dois tipos de ansiedade: a normal ou positiva e a patológica ou negativa. A ansiedade positiva é um estado de alerta justificado por uma circunstância. Neste sentido cumpre a função de colocar o indivíduo em marcha. Por outro lado a ansiedade negativa é uma tensão psíquica e fisiológica que persiste inclusive depois da situação que a causou ter passado, ou aparece independentemente de uma situação causal clara. Para tratar a ansiedade patológica em geral são utilizados medicação e psicoterapia, para que a pessoa possa averiguar as causas de sua ansiedade e modos de utilizá-la a seu proveito.

Gabriela P. Daltro
Psicóloga CRP 06/86668
gabipdalto@hotmail.com

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Desfrute a companhia de seus filhos

Ser pai ou mãe não é tarefa fácil: são muitas responsabilidades, preocupações, deveres e cuidados. Contudo, a busca por ser uma “super mãe” ou um “super pai” pode gerar muita insegurança e ansiedade, comprometendo não só os cuidados como também a qualidade de vida dos pais e das crianças. A maternidade/paternidade pode tornar-se um peso quando os pais estão sempre inseguros de estarem fazendo o melhor que podem, em uma auto-exigência que suprime a espontaneidade e os momentos em que a companhia e diversão com os filhos poderiam ser aproveitadas. Equilibrar o papel de cuidador e o prazer em desfrutar de bons momentos com os filhos é um modo de ampliar a educação e de mostrar aos filhos que eles são pessoas com as quais é bom passar o tempo e realizar atividades, o que promove a segurança e auto-estima dos pequenos. Uma vez que os pais compreendam que os filhos são pessoas autônomas e livres para sentir e interpretar o que estão vivendo, é possível assumir a maternidade/paternidade com mais satisfação e alegria.

Gabriela P. Daltro
Psicóloga CRP 06/86668
gabipdaltro@hotmail.com

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

ENVIE SUGESTÕES DE TEMAS QUE GOSTARIA DE VER ABORDADOS NESTA COLUNA PARA: gabipdaltro@hotmail.com

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

“Poderia ter sido”

Um tema constante na clínica é a realização pessoal. Seja através do trabalho, da família ou da vida social o tema da realização e satisfação com a vida é constante. Muitas pessoas estão desesperadas porque seus sonhos não se tornaram realidade e, ainda pior, porque elas próprias não tornaram estes sonhos realidade. Quando se fala em realização pessoal é imprescindível falar sobre o arrependimento e a tristeza e angústia que acompanham tudo aquilo que “poderia ter sido”. Focar-se nesta profunda insatisfação é muitas vezes o início de um rico processo de descoberta dos próprios potenciais e da abertura de um horizonte existencial pleno de sentido. O arrependimento pode ser usado como um modo de avaliar a própria vida e de poder tomar decisões mais sábias no futuro considerando os arrependimentos que se quer evitar e as sensações que se quer ter. Quando os medos e ansiedades são enfrentados de frente o caminho se torna livre para a realização do potencial que toda pessoa é. Reprimir o próprio potencial é viver em constante luto por uma vida que se perde a cada dia e na constante tristeza do que “poderia ter sido”.

Gabriela Pavani Daltro
Psicóloga CRP 06/86668
gabipdaltro@hotmail.com

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

QUANDO PROCURAR TERAPIA SEXUAL?

A terapia sexual é indicada quando a queixa principal ou sintoma se dá na área sexual. Entre estas queixas são comuns as disfunções sexuais tais como ejaculação precoce, disfunção erétil, falta de desejo sexual, dispareunia (dor à relação sexual) e dificuldades na fase do orgasmo. Entre problemas sexuais que podem motivar a busca por tratamento específico estão a discordância sobre frequência sexual, sobre o tipo de atividade sexual, dificuldades com a qualidade da vida sexual, conflitos de identidade ou orientação sexual, dificuldades em manter ou iniciar relacionamentos, entre outros. A terapia sexual é indicada para cerca de 70% dos queixas e muitas vezes o tratamento medicamentoso também é indicado. Quando se tratam de queixas sexuais a procura por profissional especializado na área é fundamental, uma vez que elas apresentam uma interface contínua com outras áreas como ginecologia, urologia e psiquiatria e apresenta demandas específicas de tratamento. Durante a terapia outros temas podem ser levantados de acordo com sua relevância para o tratamento. A duração do tratamento depende do problema apresentado, da colaboração do parceiro, da disponibilidade e flexibilidade do indivíduo. Buscar a saúde integral em todas as áreas da vida é fundamental para um sentimento de realização e satisfação.

Gabriela P. Daltro
Psicóloga CRP 06/86668
gabipdaltro@hotmail.com

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

TERAPIA PARA CRIANÇAS: QUANDO E COMO POCURAR

Muitos pais tem dúvidas sobre se devem procurar ajuda psicológica para os filhos. Quando o filho (a) é adolescente há indícios mais claros no comportamento e também no modo como o adolescente se expressa. Por outro lado, com crianças menores os sinais podem ser mais sutis, uma vez que elas ainda não desenvolveram toda a amplitude da linguagem e vivenciam também situações de fantasia como modo de compreender o que lhes acontece. Desta forma, os pais podem ficar atentos a mudanças de comportamento tais como retraimento e letargia, a criança pode ficar frequentemente zangada, bater, chorar, ficar relutante em brincar com outras crianças, mostrar menos imaginação quando está brincando e, também, falar diretamente sobre suas angústias. Algumas vezes os problemas emocionais da criança se refletem em seu desempenho escolar, levando também a encaminhamentos. Neste sentido, é importante considerar as tentativas de ajuda realizadas e seus efeitos, se o comportamento está influindo na vida familiar, social e escolar da criança e também a duração destes sintomas. Identificada a necessidade de ajuda profissional, os pais podem procurar um psiquiatra ou um psicólogo infantil que farão uma avaliação sobre a necessidade de intervenção terapêutica e/ou medicamentosa. É importante que os pais se sintam confortáveis e à vontade com o terapeuta, que procurem conhecer suas credenciais e história profissional, bem como avaliar vários nomes para que se sintam confiantes quanto ao tratamento. Acima de tudo é importante que os pais compreendam que eles são parte do ambiente do filho e, portanto, o terapeuta necessitará de sua ajuda para ajudar a criança.

Gabriela P. Daltro
Psicóloga CRP 06/86668
gabipdaltro@hotmail.com

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Expectativas e a realização de si-mesmo

Quando se fala em ‘expectativas’ é preciso considerar que todos em maior ou menor grau esperamos ou ansiamos por alguma coisa, seja em curto ou longo prazo, seja em relação aos outros ou a si-próprio. Contudo, embora ter expectativas seja um comportamento naturalmente humano existem aquelas que levam a motivação e à busca por auto-realização e aquelas que paralisam e geram sofrimento. A verdade é que muitas pessoas passam suas vidas na tentativa de realizar sua concepção do que elas devem ser, em vez de realizarem a si-mesmas. Esta é a diferença entre auto-realização e realização da auto-imagem:a primeira é uma resposta natural às situações da vida, ao contexto, aos próprios sentimentos em relação à vida; enquanto que a segunda é um conflito entre a sensação de insuficiência do próprio ser em relação a uma auto-imagem hiper exigente, hiper valorizada e extremamente focada em agradar e corresponder ás expectativas do mundo. Este jogo de auto-tortura paralisa o indivíduo e impede que ele entre em contato com suas reais necessidades e, acima de tudo, com sua reais preferências. Aprender a equilibrar suas exigências internas é o primeiro passo para enfrentar o mundo em busca de sua auto-realização: em outras palavras da realização daquilo que você já é.

Gabriela Pavani Daltro
Psicóloga CRP 06/86668

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Cobre-se menos:seja mais feliz


Durante o curso da vida todos passamos pelo processo da educação: este processo consiste em aprender as regras culturais que organizam o mundo a nossa volta, o resultado de nossas ações e também o acesso ao conhecimento acumulado por nossa sociedade. Contudo, durante este processo, aprendemos também que existem parâmetros e modelos de certo e errado que devem ser seguidos e correspondidos. É claro que desenvolver um comportamento ético é fundamental para a vida em sociedade, contudo o problema ocorre quando as pessoas começam a cobrar a si mesmas para atingirem e corresponderem a padrões de comportamento ideais e que não correspondem às suas vontades e possibilidades. Muitas vezes, a base de uma vida vivida com angústia e ansiedade está no medo constante de não corresponder às expectativas do mundo e à crença de que se não corresponder a estes padrões a pessoa não terá valor, não será nada, não será reconhecida, etc. Desta forma, para que possamos viver vidas mais plenas de sentido de realização é necessário ajustar nossas expectativas e, por incrível que pareça, não ouvir todos os conselhos bem intecionados que nos são dados.

Gabriela P. Daltro
Psicóloga CRP 06/86668
gabipdaltro@hotmail.com





Hora da lição de casa: dicas práticas


Dentre as diversas tarefas que os pais realizam com os filhos está a hora da “lição de casa”. Cada vez mais as escolas recomendam que os pais auxiliem os filhos na sua execução e prestem atenção ao andamento destas tarefas em casa. Contudo, para muitas famílias, a lição de casa é mais um transtorno e exigência na rotina. O segredo para tornar este momento mais fácil, agradável e produtivo está em considerá-lo como oportunidade de convívio familiar, ou seja, um momento em que o(s) filho(s) terão exclusividade da atenção dos pais. Assim sendo, sempre que possível, é interessante alternar a tarefa entre os pais para que este convívio possa dar-se de forma igualitária. Outras modo de facilitar este momento são: prover local calmo e silencioso para o estudo, onde não existam estímulos que provoquem distração; fornecer todo o material necessário para a execução da tarefa; programar um ‘horário de tarefa’ em que a criança não esteja geralmente muito cansada e ao menos um dos pais esteja disponível para o caso de ela necessitar assistência; ajude seu filho a começar pelas tarefas mais difíceis pois assim ele cumpre as tarefas menos exigentes quando já estiver ficando cansado; no caso das tarefas apresentarem dificuldades além das possibilidades da criança sempre converse sobre alternativas com a professora; boas notas e tarefas cumpridas devem ser recompensadas com atenção e carinho como forma de demonstrar que você se importa. Outras pequenas regras também podem auxiliar os pais neste momento. Comece a testá-las já esta semana e aproveite a companhia do seu filho(a)!

Gabriela P. Daltro
Psicóloga CRP06/86668
gabipdaltro@hotmail.com

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Crianças ansiosas

A ansiedade, os medos e a preocupação não são privilégio dos adultos. As crianças também podem apresentar quadros mais ou menos graves de ansiedade e com tantas nuances quanto na vida adulta. Muitas crianças experimentam queixas somáticas e psicológicas tais como sudorese, tontura, palpitação, vertigem e irregularidades intestinais. Quanto as queixas psicológicas estão a inquietação, medo,pânico, irritabilidade e uma queixa mais ampla de desconforto. A ansiedade pode estar restrita a situações específicas do cotidiano ou apresentar-se de modo mais amplo e difuso. De qualquer modo é sempre um gerador de sofrimento para a criança. A isto de agrava a dificuldade na infância de expressar os próprios sentimentos em palavras, a relação mais dinâmica em relação aos pais e irmãos e as pressões escolares. A terapia infantil está focada em acalmar os sintomas angustiantes ensinando mais habilidades de enfrentamento. Muitas vezes o trabalho também pode envolver os pais, a escola ou as pessoas diretamente ligadas à manutenção dos comportamentos. Uma visita ao pediatra e psiquiatra infantil também podem ser de grande ajuda. O importante é o reconhecimento de que situações ou sentimentos que produzem sofrimento podem dificultar o desenvolvimento da criança e portanto a procura de ajuda profissional é sempre indicada.

Gabriela Pavani Daltro
Psicóloga CRP 06/86668

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Você quer mesmo mudar?


Um das principais etapas em qualquer processo de mudança é o reconhecimento da própria responsabilidade ao que acontece. Isto não quer dizer que se deva culpar o cliente por seu sofrimento, mas demonstrar sua participação e o modo como ele pode se responsabilizar por sua vida e seus acontecimentos é fundamental. Neste sentido há sempre uma relutância em mudar: aceitar que a mudança deve partir de si-próprio e não do mundo a sua volta. Alterando seu modo de agir a pessoa produzirá inevitavelmente mudanças em seu ambiente e vice-versa alimentando um círculo de mudanças que se retroalimentam. Uma outra etapa deste processo consiste em compreender e esclarecer os ganhos que a pessoa obtém em viver uma situação desgastante e de sofrimento. Muitas vezes estes ganhos não são conscientes: são ganhos psicológicos, existenciais. Por exemplo a pessoa pode sujeitar-se a uma situação constante de violência conjugal para evitar o medo e a sensação de impotência que surgem ao se lançar ao mundo sozinha. E desta forma milhares de pessoas podem escolher o descanso proporcionado pelos problemas cotidianos e podem inclusive escolher viver um inferno de vida. Quando o sofrimento traz mais prejuízos do que ganhos é hora de mudar e, se preciso for, pedir ajuda especializada.


Gabriela P. Daltro
Psicóloga CRP 06/86668
gabipdaltro@hotmail.com

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Saúde é: movimentar-se pela vida


Um dos modos de avaliar a evolução e a saúde de uma pessoa é percebendo o quanto ela está livre para agir e pensar. O ser humano é constituído como uma abertura para o mundo, uma clareira onde as possibilidades de ser podem emergir, ou seja, o ser humano é como um espaço em aberto que pode ser preenchido com diversas possibilidades de realização na vida. Um dos trabalhos realizados em psicoterapia é a ampliação das possibilidades de escolha da pessoa. Quando a pessoa não está totalmente saudável tende a parar, estagnar em um só modo de reagir e agir sobre o mundo, produzindo sempre os mesmos resultados e gerando angústia. Ao trabalhar a ampliação da visão e da movimentação (verbal e corporal e existencial) a terapia procura ampliar a clareira para que o ser humano possa realizar-se como o potencial que já é. Tomar consciência a ampliar o contexto de atuação são modos de quebrar defesas (modos estagnados de ação) e liberar a mente e o corpo para a vida.


Gabriela P. Daltro
Psicóloga CRP 06/86668
gabipdaltro@hotmail.com

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Início da vida sexual: questões para pais e filhos


Uma pergunta que é feita com freqüência, principalmente na adolescência, é sobre o momento ideal para iniciar a vida sexual. A grande maioria das meninas enfatiza a necessidade de carinho e afeto envolvidas na primeira relação sexual, enquanto os meninos tendem a focar a necessidade de uso do preservativo. O conceito de maturidade para início da vida sexual mudou através dos tempos. No passado a menina com 13 ou 14 anos já era considerada mulher e apta a gerar filhos, além da necessidade do casamento. Junto com estas prescrições a atenção ao desejo e ao prazer sexuais eram praticamente inexistentes e, de preferência, negados. Com a emancipação da mulher e o surgimento dos métodos anticoncepcionais, a sexualidade tanto das mulheres quanto dos homens mudou. Reproduzir e casar nem sempre está atrelado ao início da vida sexual. A questão dos adolescentes sobre maturidade não é fácil de ser respondida pois a maturidade é um processo individual. Falar de vida sexual com adolescentes envolve falar também das ansiedades dos pais, que muitas vezes não sabem como abordar a questão. A disponibilidade dos pais para discutir o tema, o cuidado com a auto-estima e ansiedade do adolescente, a escolha do local em que ocorrerá a primeira relação, o tipo do envolvimento com o parceiro escolhido e os métodos de prevenção da saúde sexual são temas que os pais precisam estar disponíveis para abordar. Nestes casos o melhor, tanto para adolescentes quanto para os pais, é iniciar a conversa sem ansiedade, medo ou culpa e regada de muito afeto e confiança.


Gabriela P. Daltro
Psicóloga CRP 06/86668
gabipdaltro@hotmail.com


Conhecendo a Psicoterapia Existencial


A condição humana nos impõe o contato com todo tipo de vivência possível – desde a mais tranqüila até a mais contraditória. E nesse processo, a angústia se faz presente, muitas vezes de forma insuportável. É preciso, então, compreender aquilo que se aloja em nossa vida sem pedir licença, fazendo-nos restringir nossas vivências. Isso é possível a partir da Psicoterapia Existencial, que se configura como uma proposta de atendimento psicológico que valoriza a vivência, a liberdade e a responsabilidade da pessoa, fazendo-a assumir uma postura ativa em seu processo psicoterápico, de forma que encontre novas formas de relação consigo, com os outros e com o mundo. Assim, a terapia orientada pela abordagem existencial considera, em sua visão de mundo, que o ser humano possui em primeiro lugar uma preocupação com o seu próprio Ser e com o modo como ele se dá no mundo: sua presença no mundo a partir de eventos não controlados; o fato de cada indivíduo estar lançado sozinho na existência; que cada pessoa é responsável por fabricar seus próprios significados e padrões de vida; o fato do ser humano ser a medida de todas as coisas; a abertura ao futuro por não temos um destino pré-fabricado e sermos condenados a experimentar a liberdade de escolha; e o fato irrefutável de que temos apenas uma vida, queremos permanecer vivos e somos impelidos a enfrentar o fato inevitável de nossa finitude. Assim, a abordagem leva a uma terapia focada nas preocupações que emergem da natureza da existência humana e no modo como elas são expressas na vida de cada indivíduo; é a busca da compreensão de sua história de vida, é o desvelamento de novos significados a acontecimentos passados e presentes, é a possibilidade de construção de caminhos mais amplos e abrangentes, plenos de sentido.

Gabriela P. Daltro
Psicóloga CRP 06/86668
gabipdaltro@hotmail.com

quinta-feira, 18 de março de 2010

Dor Crônica : buscando ajuda

Segundo a Associação Internacional para o Estudo da Dor, a cada cinco pessoas ao menos uma sofre com dores crônicas. A dor crônica é um problema de saúde multidisplinar, pois pode envolver causas físicas, psicológicas e até sociais. Os portadores de dor crônica tendem a reduzir suas atividades profissionais, intelectuais e sociais o que leva a consequências em sua qualidade de vida. Além disso, a ocorrência de transtornos de humor e, principalmente, de depressão associada a este casos é recorrente. Desta forma, além do tratamento específico para a dor crônica o acompanhamento psicológico se faz necessário. Durante o acompanhamento o cliente é levado a compreender e a aprender a conviver com a dor crônica, bem como ajuda nos problemas psicológicos decorrentes do quadro. Procurar ajuda e manter as expectativas de modo realista são os primeiros passos rumo a uma qualidade de vida melhor.

Gabriela P. Daltro
Psicóloga CRP 06/86668




Sentido: caminhos

Muitas vezes ouvimos as pessoas dizerem “minha vida não tem sentido” ou “gostaria de encontrar sentido na vida” ou frases parecidas. Mas, afinal, o que isso quer dizer? Sentido está ligado a duas características básicas da existência e que dão significado a ela: direção e emoção. ‘Sentido’ trazendo a idéia de que a existência humana só tem significado se a pessoa é capaz de enxergar possibilidades no futuro, planos, esperanças; a noção de estar em constante movimento na direção da própria realização. ‘Sentido’ também se relaciona com aquilo que “se sente” que “é sentido” emocionalmente. Assim, o colorido da vida, seu significado está sempre ligado ao colorido emocional das situações vividas no passado, no presente e da clareira que se abre para o futuro. Portanto, quando estiver buscando uma vida repleta de sentido busque encontrar a direção que o seu coração deseja seguir e o caminho, por si só, será repleto de significado.

Gabriela P. Daltro

Psicóloga CRP 06/86668

gabipdaltro@hotmail.com




O que é Psicoterapia Breve?

A psicoterapia breve é um modelo de tratamento, que tem como objetivo agilizar o processo terapêutico. Não é uma linha teórica da Psicologia, antes sim uma estruturação que pode se encaixar em qualquer uma das teorias. Muitos dos modelos psicológicos requerem um período de tratamento longo, o que acaba por se tornar oneroso ao paciente. A terapia se torna breve pelo fato de ser focal. Focada em um problema, buscando soluções para este em específico. Normalmente o tempo de duração da terapia gira em torno de 12 sessões. Muitos poderão pensar que é algo superficial; a resposta é sim e não. Profunda para o problema específico e superficial para o restante. Com a terapia breve é possível trabalhar qualquer tipo de problema, visando remover os sintomas principais que trazem sofrimento ao paciente. Dependendo dos recursos do terapeuta e das técnicas que utiliza, pode se aprofundar bastante nas causas e no modo como se dão os mecanismos que levam o paciente a apresentar tais sintomas; possibilitando um tratamento efetivo dentro daquilo que o paciente busca e espera. O tempo é um fator motivacional, que funciona como um marcador e não como uma barreira limitante. Para mais informações visite o site www.gabrielapsicologa.blogspot.com

Gabriela P. Daltro

Psicóloga CRP 06/86668

gabipdaltro@hotmail.com





Segurança e realização

A necessidade de segurança, seja ela material ou emocional, está na base de muitas dificuldades e anseios que permeiam as queixas dos clientes durante o processo psicoterápico. A busca por estabilidade e previsibilidade parece estar na base da dificuldade em crescer, assumir as rédeas da própria vida, desenvolver-se e, até, em deixar filhos e família também crescerem. Desta forma, a pessoa se prende a modos estereotipados e repetitivos de lidar com as mais diversas situações e desafios da vida, em uma tentativa de evitar a dor e sofrimento que situações novas e inesperadas podem suscitar. Contudo, o ser humano é criativo e inovador por natureza. Está sempre evoluindo, assim como seu ambiente também. Ao prender-se a modos sempre iguais e infantis de lidar com o mundo a pessoa tolhe suas potencialidades e possibilidades de realização pessoal, gerando, ironicamente, dor e sofrimento. Assim, grande parte do trabalho psicoterápico segue no sentido de remover as barreiras que impedem que a pessoa de seguir em direção a sua realização como indivíduo. Afinal, a pessoa mais livre não é aquela que está livre de tudo, mas sim livre para tudo.

Gabriela P. Daltro

Psicóloga CRP 06/86668

gabipdaltro@hotmail.com






quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Estresse no trabalho:perguntas esclarecedoras

Quando se fala em estresse no trabalho há uma tendência geral em justificar o esgotamento do indivíduo levando em conta um excesso de trabalho. Neste sentido a proposta segue com a recomendação de férias e repouso. Contudo, na maior parte dos casos, a causa do estresse no trabalho está menos na quantidade de demanda do que na dificuldade do indivíduo em lidar com suas tensões internas. O caminho que a psicoterapia traça, em geral, leva em conta a pergunta ‘por que ele trabalha demais? Que tensões vivencia que não lhe permitem executar o trabalho que assumiu?’ Em outros casos a terapia pode caminhar no sentido da pergunta ‘por que trabalha nesta e não em outra atividade? O que ganha ou evita com isso?’. Desta forma, a questão do estresse é dirigida para a relação do indivíduo com seu ambiente e com suas necessidades e recursos internos ao invés do movimento usual de culpabilizar o trabalho em si. A grande tensão vivenciada por todo ser humano e que no caso de situações de estresse fica evidenciada é a tensão que sempre existe entre o que somos e o que sentimos que devemos ser.



Gabriela P. Daltro

Psicóloga CRP 06/86668



Desenvolvendo a maturidade

A palavra-chave quando se trata de educação de adolescentes e jovens é “decisão”. Saber decidir é a base que distingue uma criança de um adulto: o adulto pode e deve decidir por si mesmo. A adolescência é a fase em que a pessoa pode ensaiar algumas decisões, experimentar com mais liberdade rumo ao desenvolvimento de uma vida adulta com maturidade. Contudo, não é fácil para pais e educadores permitir que os jovens experimentem por si mesmos: muitas vezes eles podem sofrer, obter resultados indesejáveis e até se ferir. Contudo, a função do adulto é ajudar o jovem a compreender os resultados de suas ações e, principalmente, ter a coragem de dizer que na maior parte das vezes que não se pode saber ao certo o resultado das decisões tomadas. Afinal, decidir significa fazer quando você ainda não sabe o resultado. Assim, o principal papel dos pais é dizer que “não importa o que você decidir, vou ajudar no que puder”. Quando se trata de ensinar a viver é preciso também deixar viver.


Gabriela P. Daltro
Psicóloga CRP 06/86668




A função da doença

Uma das regras do comportamento humano é de que simplesmente nada que alguém faça é desprovido de algum benefício. Este benefício pode ser tanto material como psicológico como por exemplo o fato de uma pessoa manter-se em um trabalho insatisfatório por conta do bom salário até o fato de alguém continuar em uma relação abusiva por medo de encarar o mundo por si-próprio. Assim, compreender a motivação envolvida no comportamento é fundamental no sentido de mantê-lo ou alterá-lo. Isto também é válido para fatores considerados involuntários: as doenças. Ninguém deseja conscientemente ficar doente, contudo isto não anula a função da doença na vida do indivíduo. Com a doença presente o indivíduo em geral está mantendo uma situação em que ou ganha ou evita alguma coisa (por exemplo, decisões que deveria tomar até a necessidade de requerer mais carinho e atenção). Desta forma, um trabalho conjunto entre médicos e psicólogo pode ser de grande valia para o paciente que poderá tratar do contexto total de sua vida: físico e psicológico.


Gabriela P. Daltro

Psicóloga CRP 06/86668

gabipdaltro@hotmail.com



Como muito se diz: Ano Novo, Vida Nova

Para muitas pessoas a época das festas é repleta de compromissos sociais. Algumas saem de férias, outras continuam a trabalhar e a vida prossegue normalmente. Contudo, a época de comemoração do Ano Novo pode ser uma oportunidade para traçar metas pessoais e renovar a motivação. Aproveitar esta época de rituais de passagem para fazer uma reflexão sobre o ano que passou pode ser uma maneira de entrar em contato com desejos, esperanças, frustrações e todo tipo de sentimentos que as recordações devem trazer. E é a partir desta visitação aos acontecimentos do ano que se pode propor projetos para o próximo ano e aproveitar a sempre corrente de motivação que o Ano Novo desperta. Reveja, reflita, deseje e projete para que o próximo ano possa estar repleto de realizações pessoais genuínas e satisfatórias.



Gabriela P. Daltro

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Dizer ‘não’

Muito se fala hoje da importância de colocar limites e aprender a dizer não, mas o que isso significa de fato? A princípio o limite é uma delimitação, uma barreira que separa dois territórios, duas casas, duas pessoas, dois ou mais direitos. Assim, impor limites significa demarcar/evidenciar um espaço, seja ele físico, emocional ou comportamental. Existem diversas maneiras de sinalizar aos outros até onde eles podem ou devem ir em suas ações: dizendo ‘não’ quando estas ações invadem a privacidade ou ultrapassam uma possibilidade pessoal, através de posturas firmes e claras, através do diálogo aberto, entre outros. Cada pessoa deve encontrar um modo próprio de dizer ao mundo qual o seu espaço e sua possibilidade: afinal só se pode reconhecer o limite do outro quando existe o limite próprio.



Gabriela P. Daltro

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