Transtorno do pânico e
Agorafobia
O transtorno de pânico é uma doença que se manifesta especialmente em
jovens e acomete mais as mulheres do que os homens. A maioria dos pacientes tem
a primeira crise entre 15 e 20 anos desencadeada sem motivo aparente. O transtorno
do pânico se caracteriza por crises absolutamente inesperadas de medo e
desespero. A pessoa tem a impressão de que vai morrer naquele momento de um
ataque cardíaco, porque o coração dispara, sente falta de ar e tem sudorese
abundante. Quem padece de síndrome do pânico sofre durante as crises e ainda
mais nos intervalos entre uma e outra, pois não faz a menor ideia de quando
elas ocorrerão novamente. Isso traz tamanha insegurança que a qualidade de vida
da pessoa fica seriamente comprometida. O que caracteriza o pânico é a forma
abrupta e inesperada que os sintomas aparecem: boca seca, tremores,
taquicardia, falta de ar, mal-estar na barriga ou no peito, sufocamento,
tonturas. Muitas vezes, tudo isso vem acompanhado da sensação de que algo
trágico, como morte súbita ou enlouquecimento, está por acontecer. Nesses
casos, é comum a pessoa ter uma reação de pânico e sair à procura de socorro. Com
o passar do tempo, as crises vão se repetindo de maneira aleatória. A pessoa
fica preocupada com o fato de que os sintomas possam aparecer numa situação
para a qual não encontre saída nem ajuda. Nestes casos a pessoa pode
desenvolver a agorafobia, que e o medo de ter medo. A agorafobia gera
limitacoes e prejudica ainda mais a qualidade de vida, muitas vezes impedindo
que a pessoa saia de casa. O tratamento envolve o uso de medicação e a
psicoterapia. Com a psicoterapia o paciente aprende a identificar os gatilhos
da ansiedade, compreender o circuito do medo e do pânico e a lidar com os
sintomas.
Gabriela P. Daltro
Psicologa CRP 06/86668
gabipdaltro@hotmail.com