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quinta-feira, 29 de outubro de 2009

O papel do auto-conhecimento na terapia

O principal ponto desenvolvido na psicoterapia é o auto-conhecimento. É através deste processo que o indivíduo pode adquirir cada vez mais consciência de si mesmo e, consequentemente, realizar escolhas autênticas e em sintonia com o seu projeto de vida. O auto-conhecimento é o processo de identificar, reconhecer e alterar padrões de comportamento que estavam de alguma forma inconscientes ou encobertos. Em geral, a função do terapeuta é remover (junto com o cliente) os obstáculos que estejam barrando o desenvolvimento do indivíduo. Este processo implica identificar o modo como a pessoa age e reage ao ambiente a sua volta. Também é necessário reconhecer as partes rejeitadas de si-mesmo e como elas aparecem nas relações que se mantém com os outros e consigo mesmo. O auto-conhecimento é um processo contínuo e sempre presente de aprendizado sobre a vida e os relacionamentos: na terapia este processo é amplificado de modo a levar o indivíduo a uma vida mais autêntica, satisfatória e feliz.

Gabriela P. Daltro
Psicóloga CRP 06/86668
gabipdaltro@hotmail.com



Adolescentes e a mudança consciente do corpo

A insatisfação com o próprio corpo e imagem tem levado centenas de mulheres, e homens, a realizar cirurgias plásticas: sejam estéticas ou corretivas. Contudo, cerca de 10% das mulheres que procuram as cirurgias são adolescentes. A adolescência é uma fase compreendida aproximadamente entre os 13-18 anos, podendo estender-se ou encurtar de acordo com variáveis sociais e culturais. O importante é considerar que esta é uma fase de grande experimentação, tanto do mundo, quanto do próprio corpo e dos relacionamentos no qual ele está envolvido. Optar por uma cirurgia plástica nesta idade pode sofrer grande influência da mídia, dos padrões de beleza e até mesmo dos pais que projetam suas expectativas de realização nos filhos. O importante ao fazer uma escolha como esta é considerar todas as possibilidades quanto à modificação do próprio corpo, ter expectativas realistas tanto em relação ao resultado como em relação às conseqüências desta alteração uma vez que muitas pessoas acreditam que todos os seus problemas serão sanados uma vez que alterarem o que as incomoda no corpo, fato que não é real. Outra necessidade é reconhecer e trabalhar as lacunas emocionais do adolescente, suas expectativas, a auto-estima e auto-aceitação. Desta forma, aliando avaliações médicas e psicológicas é possível chegar a uma escolha consciente e realista sobre o assunto.

Gabriela P. Daltro
Psicóloga CRP 06/86668
gabipdaltro@hotmail.com


Conversando sobre a morte

Uma das questões fundamentais presentes na vida de qualquer pessoa diz respeito à morte. Todos vivenciamos a morte de alguma maneira: seja a morte de um animal querido, de um parente, dos pais, do cônjuge, etc. Ter espaço para trabalhar o luto e as perdas na terapia é fundamental na vivência e superação deste processo. Contudo, na terapia é trabalhada não apenas a morte de outrem, mas muito frequentemente a própria morte. A ironia é que grande parte dos projetos de vida e das preocupações estão pautadas na perspectiva do próprio fim e na necessidade de dar sentido à própria existência (de ter uma existência significativa). Ao fornecer espaço para se falar da própria morte, do medo ou da vontade de morrer, também há espaço para pensar a própria vida e colocá-la em perspectiva: a consciência e a vivência da própria morte podem enriquecer as escolhas realizadas e ajudar a colocar em prática projetos de vida. Portanto, por mais estranho ou desagradável que possa parecer, falar sobre a morte sem preconceitos ou receios pode ser importante quando se busca uma vida com mais intensidade e mais significado.

Gabriela P. Daltro
Psicóloga CRP 06/86668
gabipdaltro@hotmail.com


A crise da meia-idade

Todos passamos por fases críticas de transformação no decorrer da vida. As mais conhecidas são a infância, a adolescência e a vida adulta. Contudo, existem momentos críticos e fundamentais também no decorrer da vida adulta tal como o envelhecimento e a chamada crise da meia-idade. A crise da meia-idade é um modo de se referir a um período de transição entre a vida adulta e a perspectiva de envelhecimento. É em geral um momento marcado pela autonomia dos filhos, a mudança na configuração do casamento (mudanças na dinâmica do relacionamento bem como separação), a percepção do envelhecimento do corpo e também a percepção, mesmo sutil, da responsabilidade pelo resultado das escolhas realizadas nos anos anteriores. Todos estes fatores levam homens e mulheres a experimentar angústia e, muitas vezes, arrependimentos por decisões tomadas anteriormente. Há também uma reavaliação dos relacionamentos com pais, cônjuge e filhos e muitas vezes a necessidade também de mudar a vida profissional. A crise da meia-idade é, apesar de todos os estereótipos, um momento de mudança e uma preparação para a outra metade da vida só que de modo muito diferente da adolescência, pois deve envolver a consciência e o conhecimento adquiridos ao longo da experiência de vida. Procurar ajuda especializada neste momento pode ajudar a avaliar prioridades e a definir com mais clareza as próximas escolhas.

Gabriela P. Daltro
Psicóloga CRP 06/86668
gabipdaltro@hotmail.com

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