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domingo, 13 de dezembro de 2009

“Alguns recusam o empréstimo da vida para evitar o débito da morte”

O medo do fracasso e da perda faz parte da vida de todas as pessoas. Contudo, encontramos aquelas que, apesar do medo que sentem, continuam a experimentar a vida, a escolher, decidir e arriscar. Por outro lado, muitas vezes encontramos pessoas que, em uma tentativa de se proteger, evitam arriscar-se ou experimentar os mais diversos tipos de situações que poderiam trazer prazer e significado à vida. Em geral, o medo paralisante leva em conta um projeto de vida que tem como base a necessidade de “dar certo”. Este “dar certo” são obrigações e cobranças sobre o desenvolvimento de uma situação de vida. Contudo, a vida continua sendo imprevisível. E assim, cada vez mais vemos pessoas frustradas com sua realidade e incapazes de se lançar a situações novas e a fazer escolhas diferentes. É como se não valesse a pena ver o nascer do sol, somente porque mais tarde ele vai ser pôr de qualquer forma, ou não valer a pena casar com alguém porque pode haver uma separação e, até que por fim, não valer viver porque se vai morrer mesmo um dia. Projetos de vida deste tipo levam em conta resultados e desconsideram completamente a experiência. Porque o sabor da vida não está em atingir uma meta específica, mas sim em experimentar o processo que ela envolve. Vidas significativas são sempre vidas vividas.

Gabriela P. Daltro
Psicóloga CRP 06/86668
gabipdaltro@hotmail.com



Pais e filhos no consultório

Orientar e educar não são tarefas fáceis para muitos dos pais que chegam aos consultórios. Isto porque a educação que se dá é muitas vezes um reflexo dos modelos de educação que se recebeu dos pais, avós, escolas ou outras instituições durante a vida. Contudo, nem sempre este repertório de comportamentos adquiridos pelos pais durante suas vidas é suficiente para suprir necessidades e novos desafios que a educação dos filhos propõe. Assim, muitos pais levam os filhos ao psicólogo, em uma tentativa de ajudar a criança ou jovem a lidar com seus problemas e, também, como um modo de aliviar o próprio sofrimento como pais. Neste sentido, o trabalho da terapia leva em conta que a criança ou jovem faz parte de um ambiente familiar e que este ambiente composto pelos pais, irmãos, avós, escola, etc. determina grande parte de seus comportamentos. Assim, o processo da terapia vai envolver, geralmente, um trabalho junto à criança/jovem e também um trabalho junto aos pais afim de treiná-los e fornecer técnicas mais adaptadas para lidar com os desafios que surgem em relação aos filhos. Trabalhar em conjunto se faz necessário para que a família cresça também em conjunto.

Gabriela P. Daltro
Psicóloga CRP 06/86668
gabipdaltro@hotmail.com

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