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quarta-feira, 30 de março de 2011

Estresse Pòs-traumático: reconhecendo o perigo

O Transtorno do Estresse Pós-Traumático (TEPT) é um quadro psicológico desencadeado por situações traumáticas e que chega a afetar até 8% da população mundial. Considerando as pessoas que apresentam TEPT parcial, ou seja, estão traumatizadas, mas não correspondem a todos os critérios diagnósticos este índice pode chegar a 30%. Os indivíduos que sofrem de TEPT apresentam ansiedade marcante, níveis de estresse elevados, distúrbios do sono, diminuição da produtividade e dificuldade em falar do evento traumático e entrar em contato com elementos que evoquem memórias do evento. O tratamento para este distúrbio compreende principalmente a psicoterapia, que deve estar aliada a medicação. A linha de trabalho geralmente está focada no exercício de recordação do trauma, na comunicação do evento traumático, na maior consciência das emoções e sensações durante o evento, na re-significação dos estímulos e elementos presentes durante o evento traumático e que possam desencadear respostas disfuncionais no presente. Entre outras técnicas psicoterápicas encontramos a rememoração do trauma e a reestruturação cognitiva. É importante ressaltar que os efeitos do trauma afetam o funcionamento cognitivo, a saúde física e as relações interpessoais gerando uma grande perda na qualidade de vida do indivíduo. Procurar ajuda especializada o quanto antes é fundamental para um diagnóstico preciso e um tratamento eficaz.


Gabriela P. Daltro
Psicóloga CRP 06/86668

 
Desenho: caminho para compreensão da criança

O desenho foi a primeira expressão gráfica com o sentido de comunicação que conhecemos. Também para as crianças o desenho é o primeiro meio gráfico de expressão que permite aos adultos conhecer e compreender a criança e seu emocional. Através das atividades gráficas como desenho e pintura, a criança mostra sua realidade e o modo como absorveu a realidade em seu entorno, demonstrando também seus sentimentos em relação a ela. Através do desenho a criança expressa e também apreende conceitos como espaço, tempo e quantidade, apropriando-se do próprio conhecimento de mundo no seu ritmo. Para cada idade existe uma etapa de desenvolvimento que se reflete nos desenhos. Através deles o educador e o Psicólogo podem avaliar os estágios de aprendizagem e desenvolvimento da criança, bem como fatores emocionais que podem estar atrapalhando sua evolução, uma vez que na infância emoção e cognição fazem parte de um mesmo processo. O ato de desenhar tem utilidade para o profissional que avalia não somente o conteúdo, mas as formas, o espaço utilizado, as cores e as narrativas da criança sobre o desenho de modo a inferir seus estados internos e sua relação com o mundo. Para a criança o ato de desenhar é um processo vivencial e existencial de múltiplas riquezas. Incentivar o desenho livre ou mesmo temático é fundamental para o exercício da auto-expressão e o desenvolvimento cognitivo da criança.

Gabriela P. Daltro
Psicóloga CRP 06/86668
gabipdaltro@hotmail.com

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